Vento da Subversão


Queria ser como o vento
o vento aparece assim
de repente
ninguém sabe ao certo
para onde ele vai
e nem de onde vem
Pode ser uma brisa suave
ou um vendaval impetuoso
um tipo de vento curioso
para uns agradável
para outros perigoso

                    O vento voa livre
                    tentar aprisioná-lo
                    é perda de tempo
                    não há como detê-lo.
                    E em busca da liberdade
                    ele continuará a vagar
                    mesmo que possa aparentar
                    que pelo mundo voa a esmo.

Mesmo que de vez em quando
sozinho
se feche em algum redemoindo
ele segue seu caminho
Persegue seus intentos.
Mais juntando com outros ventos
pode formar vendavais maiores
na ação e no efeito
sem dúvida melhores

De ventos em multidão
surge um poderoso furacão
para a antiga paisagem podre
terror e destruição
Violento e brutal
ritual de purificação
Descartar o inútil e prejudicial
Não constitui desperdício
Mais pode ser o início
De um processo sem final
De construção de benefícios.

                    Oh, ventos da revolta !
                    Sinto em mim sua energia eólica
                    Tenho por amiga a teimosia
                    E a liberdade ideal em primazia

Nosso tempo carrega uma lógica
Que o vento tenta romper
Para que emerja outra ótica

                    Olho para um mundo de dores
                    É possível solução ?
                    Quem dera os trabalhadores
                    Soubessem que em suas mãos
                    Habita um poder infinito...
                    Capaz de aniquilar senhores
                    Transpassar montanhas e abismos
                    Saquear e realizar, idéias e gritos
                    Que outrora foram dos sonhadores.

Mas... aqui, que posso eu ?
O vento sacode meus cabelos
Quero voar também !

                   Que esses ventos sejam meus
                   Que esses ventos sejam seus
                   Que os ventos não fiquem sós
                   Que um vento seja eu
                   Que os ventos sejam nós.

(Luiz Aurélio)

2 comentários:

  1. Oi Luiz,

    Palavra da vontade
    Com luta e expressão
    Sem governantes
    Estender a liberdade
    Ausência de coerção
    Sem o domínio da ordem estabelecida
    consolidação dos ideais...

    Belo blog, já estou nele.
    Está linkado no meu.

    Abraços

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