poesia é o grito libertador
independente das máscaras vestidas
onde o corpo é o principal ator
já o poeta andarilho errante das calçadas
guerreiro & clown
mestre do processo alquímico
em transformar um robô mental
alguém potente a'balo sísmico
guilhotinador da medusa-serpente
produzida por poderes capitalistas
enfrenta o poeta
protegido por um misterioso repelente
avante bandeira negra urrando gritos anarquistas
desejando & gozando o fardo do parto:
palavra-navalha ensanguentada
provinda do coração infarto
último fôlego insistindo em continuar
encantada
Junho, Brasil - um país que não existe
Mariano
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