Sobrevivendo

Porque acordo todo desanimado?
Sem sentido para mais um dia,
O coração aperta, pouco brilho tem minha vida,
Sempre a mesma rotina,
Poucos momentos de esperança,
Poucos prazeres.
Essa decadência humana,
Que esse sistema nos impõe.
Dores que não são substituídas por alegrias
De mercadorias.
Compradas para te satisfazer
Como viver?
Essa pergunta inquietante
martela meus pensamentos,
A busca para o alívio está em remédios tranqüilizantes,
Que após seus efeitos
Volta às angustias constantes.
As rotinas mirabolantes
A medicação não cura,
Não sara não alivia,
As alegrias momentâneas,
todos os dias são substituídos
por trabalhos sem sentidos.
A rima volta a se perder,
Porque a vida deixa de ser interessante,
O poema deixa de existir,
Para mais uma bobagem persistir
A quem assistir
Patati Patatá
pela televisão
ou o professor Girafales falando Tatatá.
A quem agradar?
o sistema quer aumentar o controle sobre minha vida.
E mais um dia passar.
Sinto muito sistema,
Você não sobreviverá
o seu controle sobre aqueceu
A minha sobrevivência
Formou minha consciência,
Para lutar contra essa realidade
Em busca da liberdade.
voltar a sorrir,
poemas voltar a produzir,
a rima da alegria persistir,
principalmente no seu fim
cantaremos felizes,
no enterro de milhares de cadáveres,
todos burgueses.
O fim está próximo,
Corram, fujam, desapareçam
Porque o sorriso vencerá toda a tristeza que vocês nos impôs.
Cuidem-se...


Adriano José

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