Homenagem à revolta de Viseu


No ano de 2008,
mês de agosto
em Viseu no Pará,
Se levantou dali o povo,
uma revolta a cintilar!

O que ali aconteceu?
Espere aí amigo meu,
essa história vou contar.

Foi abordado por policiais um rapaz
Depois disso ele não foi visto mais
Seu boné ensangüentado ali perto denuncia
Que esse jovem foi morto pela polícia
Sua família chora com a notícia

Fervilham ódio e dor contra essa injustiça
O povo pelas ruas se atiça

Vão cobrar do municipal judiciário
Mas o fórum não se importa com o vil assassinato
Diz que nada pode fazer nesse caso

É o estopim que bota o povo rebelado
Que decide fazer justiça, que regaço!
Já que o forum ao pobre não tem serventia
Botá-lo abaixo sentiu que deveria
Logo começou o estardalhaço
Ali dentro quebraram tudo que encontraram
E o prédio depois incendiaram
Para o juiz e promotor haviam guardado um fósforo
Mas os dois amendrontados já fugiram de helicóptero

O povo sublevado seguiu pra delegacia
Eles eram muitos, fugiu de lá toda a polícia
Viram dentro das celas que só pobre ali havia
Abriram aquelas portas, aos prisioneiros alforria!
Pouco depois em chamas toda a delegacia arderia

Revoltados em Viseu, bagaçeira, quem diria!
Mas isso ainda é pouco,
sempre digo a todo povo:
- Sua força é infinita!

Reacionários qualificaram a ação de criminosa
Mais aos revolucionários foi ela grandiosa

Homenageio a cada um daqueles bravos
Que naquele dia arregaçaram os braços
À família e amigos do jovem assassinado
deixo meu sincero lamento
Seguirei combatendo esse mundo de tormento
Pois quero ver ainda o dia,
que acabará essa injustiça

Será do povo uma conquista,
a velha ordem derrubar
E construir com sua revolução,
um mundo livre da iniquidade,
sem patrão nem propriedade
sem Estado se organizar a sociedade
É a vitória Autogestão!
É a verdadeira libertação!
Para isso também lutar,
falo a toda população.


Luiz Aurélio

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