Anarquia!

Não me conformo com o que toda-a-gente,
Essa miséria e informe carneirada,
Opina e diz, sanciona, pensa e sente.
Rebelo-me. Protesto. Faço assuada.

Aos deus não me curvo. Sou de descrente.
Juízes, Soldadesca, padralhada,
Ministros, deputados, presidente...
Eu odeio de morte esta cambada !

Ferve em meu peito uma revolta santa
Contra toda a feição de sacripanta.
Detesto sobretudo a ipocrisia.

E só descançarei da minha lida
Quando o último burguês deixar a vida...
-Como me chamo?- Eu Chamo-me Anarquia!

Antonio Pedro
28/02/1920

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