Sentir e não ter
É isso que preciso fazer
A brutal realidade
Me tira o que é bom de verdade
Olho ao redor
Tenho vontade de fugir dessa cidade
De não ir mais ao trabalho
Prisão dos sonhos de liberdade
Sinto em minha alma
A necessidade de coisas simples
De sorrir por besteiras
Viver sem fronteiras
(Gilcélio)
Um Chamado ao Combate
Das aparências eles aparecem como sujeitos dignos de respeito
querem ver a sociedade mirando nas paredes da sua casa de espelhos
- Tudo está bem, está bem até demais,
do que você está reclamando aí meu rapaz ?
Acho que o que pergunta também reclamaria
se ao menos visse direito
alguma coisa além do próprio umbigo gigantesco
Pra ele é tudo bem
pros outros é que é o bicho
mas até esse estar bem
também é relativo
agora de sua vida fútil outra hora falo disso
Sigo em frente e os deixo
na lama da mediocridade fazendo seus rastejos
e procuro desenvolver a minha mente
sempre a passos gigantescos.
Porém ao solo do estabelecido também não quero ficar preso
É preciso muito além pensar
pois somente pensando grande
é que se pode coisas grandes alcançar
Tento num grande salto me lançar ao ar
além das barreiras rasteiras navegar
mas a gravidade das imposições
da decadente sociedade
tentam me puxar
me derrubar
para que nesse caminho eu não possa continuar
- O mal exemplo deve perder o sustento
se não outros podem começar a imitar!
Ou pior, podem imitar
e na mesma linha começarem a inovar
desenvolvendo o mal exemplo
que tormento!
podem do trono nos vir a arrancar.
Contorno a adversidade
evitando ir para baixo
as velas eu alço
procurando orientar o pensamento
encontrando as correntes de vento
que fortaleçam o movimento
que conduzem ao libertar.
E junto com muitos outros lhe respondemos:
- Tremam mesmo seus nojentos!
Deixaremos sua velha ordem ao relento
seu domínio podre iremos destroçar
com um golpe só, a dois se derrubará
ao seu domínio e ao nosso sofrimento
Esse circo de horrores
hipócritamente chamado de desenvolvimento
será para a humanidade
somente triste lembrança no tempo.
Vejo a sociedade atual
Que deprimente espetáculo
seres humanos escravizados
animais
presos nos currais
adestrados, domesticados, castrados , confinados
no rebanho sempre iguais
seguindo esses falsos guias como bobos
não conseguindo perceber que esses guias são os lobos
Iludidos com a promessa de encontrar algum tesouro
não percebem o caminho esta levando ao abatedouro.
Que sufoco
O seu vencer na vida pra mim é só ouro de tolo
Na verdade é bem pior
o ouro de tolo ainda é inofensivo
mas seu sistema é pra vida humana extremamente destrutivo
Antes matasse de uma vez !
Mas não, ainda consegue ser pior
é uma tortura cruel por toda a existência
contra a qual não adianta pedir clemência
pois tem na desgraça da humanidade a própria essência
e o que alimenta sua permanência.
Não perca tempo pedindo piedade
nem ache dos céus ou do espaço
virá alguém que te resgate.
Aparecem também humanos supostos salvadores
mas que não salvam nada na verdade,
querem é derrubar os dominantes
para se tornarem os novos senhores
Outro jogo podre onde poucos ganham muito
e muitos saem perdedores.
Tem também os pacificadores pregando a não-violência
como solução das dores da humanidade.
Ser bonzinho contra quem te estraçalha que bondade!
Dê a outra face até que arranquem sua cara de tanto tapa,
não reaja
reagir é ser igual a eles?
Que falácia !
Isso mais parece um masoquismo auto-destrutivo
Te ferem gravemente e você acha bonito.
Te impõem a desgraça e você não fala nada
falar até fala
mas a não-violência
também é uma não-ameaça
contra quem oprime as massas
Tudo que eles temem é a revolta popular
a população armada ao sistema derrubar
isso para alguns ditos revolucionários
é violência...
é uma demência de lascar!
Não vê que a violência é a que emana do sistema?
Lutar contra isso se chama resistência
é o combate pela vida a favor da existência
Se eles não largam o osso nós devemos sim tomar.
Se preciso for através da força.
Ou então faça sua forca
tente conseguir indo abraçar os da matilha-loba
e peça que nenhum te morda
A intenção até é boa...
mas no final não largarão osso algum
e ainda outros ossos terão na boca os lobos
serão os ossos pacifistas arrancados do seu corpo.
Seja racional,
"até o verme se retorce
contra o pé que o esmaga"
O conflito aberto é a via
a vitória é o resultado.
É a turbulência do parto
antes do nascer da nova vida.
Veja que falo de lutar
mas não começar a guerra.
Pois ela já está rolando solta
mas você que não enxerga
se atualmente está camuflada
então traremos às abertas.
Se a luta torna a vitória possibilidade
devemos arriscar a cura
para a doente sociedade.
A doença é bem grave
é quase estado terminal
a evidências apontam claro
que a morte é o seu final
ou fazemos alguma coisa
ou a história acaba mal.
Sozinho ou de grupinhos ninguém faz revolução
mas aqui no meu cantinho dou minha contribuição
como todos também sinto sofrimento
de várias formas
conseqüentes da doente sociedade
que faz com que viver seja um tormento
mas nunca felicidade
Descarrego a queima roupa
meu cartucho de descontentamento
agora compare com a realidade e veja
se esse pensamento tem mesmo fundamento
Se você também sente em suas veias
pulsar o sangue da revolta
contra tudo que te oprime
e as pessoas mundo afora.
Essa é a hora
e sem mais demora
usemos dos meios disponíveis
e propaguemos a revolta!
A utopia é um sonho,
dos mais belos é verdade
mas caminha pra realidade
quando procurada
pelas classes dominadas
Se a vitória é o que temos em mente
porque temermos a derrota?
A derrota permanente
já a temos atualmente.
Se o combate abre uma chance
então é um grande lance
entrar nessa empreitada.
Porque se no agora o azar é certo
na luta a sorte estará lançada
Se você concorda
estamos do mesmo lado da corda
e a vitória tem o início
no momento que o povo acorda
Impeli-los para isso é que é a grande sacada,
Expor e desenvolver nossos argumentos
falando, escutando, cantando, debatendo, lendo e escrevendo
até o momento
em que nos encontraremos
no calor das barricadas...
companheiros na batalha
até a vitória camarada !
Luiz Aurélio - 2011
querem ver a sociedade mirando nas paredes da sua casa de espelhos
- Tudo está bem, está bem até demais,
do que você está reclamando aí meu rapaz ?
Acho que o que pergunta também reclamaria
se ao menos visse direito
alguma coisa além do próprio umbigo gigantesco
Pra ele é tudo bem
pros outros é que é o bicho
mas até esse estar bem
também é relativo
agora de sua vida fútil outra hora falo disso
Sigo em frente e os deixo
na lama da mediocridade fazendo seus rastejos
e procuro desenvolver a minha mente
sempre a passos gigantescos.
Porém ao solo do estabelecido também não quero ficar preso
É preciso muito além pensar
pois somente pensando grande
é que se pode coisas grandes alcançar
Tento num grande salto me lançar ao ar
além das barreiras rasteiras navegar
mas a gravidade das imposições
da decadente sociedade
tentam me puxar
me derrubar
para que nesse caminho eu não possa continuar
- O mal exemplo deve perder o sustento
se não outros podem começar a imitar!
Ou pior, podem imitar
e na mesma linha começarem a inovar
desenvolvendo o mal exemplo
que tormento!
podem do trono nos vir a arrancar.
Contorno a adversidade
evitando ir para baixo
as velas eu alço
procurando orientar o pensamento
encontrando as correntes de vento
que fortaleçam o movimento
que conduzem ao libertar.
E junto com muitos outros lhe respondemos:
- Tremam mesmo seus nojentos!
Deixaremos sua velha ordem ao relento
seu domínio podre iremos destroçar
com um golpe só, a dois se derrubará
ao seu domínio e ao nosso sofrimento
Esse circo de horrores
hipócritamente chamado de desenvolvimento
será para a humanidade
somente triste lembrança no tempo.
Vejo a sociedade atual
Que deprimente espetáculo
seres humanos escravizados
animais
presos nos currais
adestrados, domesticados, castrados , confinados
no rebanho sempre iguais
seguindo esses falsos guias como bobos
não conseguindo perceber que esses guias são os lobos
Iludidos com a promessa de encontrar algum tesouro
não percebem o caminho esta levando ao abatedouro.
Que sufoco
O seu vencer na vida pra mim é só ouro de tolo
Na verdade é bem pior
o ouro de tolo ainda é inofensivo
mas seu sistema é pra vida humana extremamente destrutivo
Antes matasse de uma vez !
Mas não, ainda consegue ser pior
é uma tortura cruel por toda a existência
contra a qual não adianta pedir clemência
pois tem na desgraça da humanidade a própria essência
e o que alimenta sua permanência.
Não perca tempo pedindo piedade
nem ache dos céus ou do espaço
virá alguém que te resgate.
Aparecem também humanos supostos salvadores
mas que não salvam nada na verdade,
querem é derrubar os dominantes
para se tornarem os novos senhores
Outro jogo podre onde poucos ganham muito
e muitos saem perdedores.
Tem também os pacificadores pregando a não-violência
como solução das dores da humanidade.
Ser bonzinho contra quem te estraçalha que bondade!
Dê a outra face até que arranquem sua cara de tanto tapa,
não reaja
reagir é ser igual a eles?
Que falácia !
Isso mais parece um masoquismo auto-destrutivo
Te ferem gravemente e você acha bonito.
Te impõem a desgraça e você não fala nada
falar até fala
mas a não-violência
também é uma não-ameaça
contra quem oprime as massas
Tudo que eles temem é a revolta popular
a população armada ao sistema derrubar
isso para alguns ditos revolucionários
é violência...
é uma demência de lascar!
Não vê que a violência é a que emana do sistema?
Lutar contra isso se chama resistência
é o combate pela vida a favor da existência
Se eles não largam o osso nós devemos sim tomar.
Se preciso for através da força.
Ou então faça sua forca
tente conseguir indo abraçar os da matilha-loba
e peça que nenhum te morda
A intenção até é boa...
mas no final não largarão osso algum
e ainda outros ossos terão na boca os lobos
serão os ossos pacifistas arrancados do seu corpo.
Seja racional,
"até o verme se retorce
contra o pé que o esmaga"
O conflito aberto é a via
a vitória é o resultado.
É a turbulência do parto
antes do nascer da nova vida.
Veja que falo de lutar
mas não começar a guerra.
Pois ela já está rolando solta
mas você que não enxerga
se atualmente está camuflada
então traremos às abertas.
Se a luta torna a vitória possibilidade
devemos arriscar a cura
para a doente sociedade.
A doença é bem grave
é quase estado terminal
a evidências apontam claro
que a morte é o seu final
ou fazemos alguma coisa
ou a história acaba mal.
Sozinho ou de grupinhos ninguém faz revolução
mas aqui no meu cantinho dou minha contribuição
como todos também sinto sofrimento
de várias formas
conseqüentes da doente sociedade
que faz com que viver seja um tormento
mas nunca felicidade
Descarrego a queima roupa
meu cartucho de descontentamento
agora compare com a realidade e veja
se esse pensamento tem mesmo fundamento
Se você também sente em suas veias
pulsar o sangue da revolta
contra tudo que te oprime
e as pessoas mundo afora.
Essa é a hora
e sem mais demora
usemos dos meios disponíveis
e propaguemos a revolta!
A utopia é um sonho,
dos mais belos é verdade
mas caminha pra realidade
quando procurada
pelas classes dominadas
Se a vitória é o que temos em mente
porque temermos a derrota?
A derrota permanente
já a temos atualmente.
Se o combate abre uma chance
então é um grande lance
entrar nessa empreitada.
Porque se no agora o azar é certo
na luta a sorte estará lançada
Se você concorda
estamos do mesmo lado da corda
e a vitória tem o início
no momento que o povo acorda
Impeli-los para isso é que é a grande sacada,
Expor e desenvolver nossos argumentos
falando, escutando, cantando, debatendo, lendo e escrevendo
até o momento
em que nos encontraremos
no calor das barricadas...
companheiros na batalha
até a vitória camarada !
Luiz Aurélio - 2011
O Trabalhador
Levanta de manhã o bom trabalhador,
Sereno e contrafeito, ao peso da desgraça,
Para a oficina vai o nobre lutador,
Olhando com desdém pelo burguês que passa.
Começa a trabalhar no intenso labor
Gasta a força viril herdada de sua raça,
Enquanto o seu patrão, o infame explorador,
No luxo e no prazer a vida inútil passa...
E à tarde, quando volta à mísera morada,
E põe-se a refletir na sorte desgraçada,
Solta gritos de dor como um leão a rugir.
Desejando fazer, com desejo profundo,
Explodir este abjeto e miserável mundo
E sobre a ruinaria outro mundo construir !
José Máximo
imagem: http://kwerfeldein.deviantart.com/
Sereno e contrafeito, ao peso da desgraça,
Para a oficina vai o nobre lutador,
Olhando com desdém pelo burguês que passa.
Começa a trabalhar no intenso labor
Gasta a força viril herdada de sua raça,
Enquanto o seu patrão, o infame explorador,
No luxo e no prazer a vida inútil passa...
E à tarde, quando volta à mísera morada,
E põe-se a refletir na sorte desgraçada,
Solta gritos de dor como um leão a rugir.
Desejando fazer, com desejo profundo,
Explodir este abjeto e miserável mundo
E sobre a ruinaria outro mundo construir !
José Máximo
imagem: http://kwerfeldein.deviantart.com/
Cristo - Proletário
É a ti que me dirijo, humilde proletário,
Mártir das opressões sociais, que és hoje em dia
O piedoso judeu que o clero e a burguesia
Arrastam, sob a cruz da miséria, ao calvário:
Ergue a fronte e abandona esse ar de covardia,
A servil submissão desse cristo lendário,
Torna-te um revoltado, um ladrão, um incendiário,
Mas lança fora do ombro a cruz que te angustia!
Ouve a voz da razão, contempla a luz da Ciência,
Olha a fartura que há, o luxo desbragado,
Vê o opróbrio em que estás, nessa negra indigência!
Enfrenta a corja vil que a morte te conduz:
Mais vale ser no ardor da luta aniquilado
Do que morrer, inerte e triste, numa cruz!
Raimundo Reis
20/04/1935
Publicado em: -A lanterna, jornal anticlerical e libertário- São Paulo, nº 393.
Desenho de Doug Fraser
Mártir das opressões sociais, que és hoje em dia
O piedoso judeu que o clero e a burguesia
Arrastam, sob a cruz da miséria, ao calvário:
Ergue a fronte e abandona esse ar de covardia,
A servil submissão desse cristo lendário,
Torna-te um revoltado, um ladrão, um incendiário,
Mas lança fora do ombro a cruz que te angustia!
Ouve a voz da razão, contempla a luz da Ciência,
Olha a fartura que há, o luxo desbragado,
Vê o opróbrio em que estás, nessa negra indigência!
Enfrenta a corja vil que a morte te conduz:
Mais vale ser no ardor da luta aniquilado
Do que morrer, inerte e triste, numa cruz!
Raimundo Reis
20/04/1935
Publicado em: -A lanterna, jornal anticlerical e libertário- São Paulo, nº 393.
Desenho de Doug Fraser
O Gigante Acordou
Era uma vez um gigante
Acomodado e confortável...
Em sua vida alienante
Um jovem "responsável"
Das causas sociais sempre distante
Das causas sociais sempre distante
"Pensando no futuro"
Que não inclui seu semelhante
Viu pela TV um movimento
Viu pela TV um movimento
Como vários nos últimos anos
"Condenável obra de estranhos"
Coisa demais pro seu entendimento
O jornal aquilo condenou
O jornal aquilo condenou
O gigante concordou
Era contra o aumento da passagem
Era contra o aumento da passagem
Coisa que pro gigante era bobagem
A pauta do movimento se ampliou
A pauta do movimento se ampliou
Por várias cidades o protesto se alastrou
E o gigante indiferente continuou
Mas a mídia sua estratégia modificou
Mas a mídia sua estratégia modificou
O protesto supostamente ela apoiou
Seu verdadeiro significado deturpou
Ele parecia querer lutar
Mais não sabia bem de que lado
Viu a polícia lhe atacar
Viu a polícia lhe atacar
E não pôde acreditar:
- O policial não é o mocinho,
que vem pra nos salvar?
Perdido, foi a TV ligar
Perdido, foi a TV ligar
Então achou o caminho
Não era pra fazer escândalos
Pois tudo era culpa dos Vândalos!
O gigante descobriu sua missão
Ser polícia interna na manifestação
Gritava: - Sem Violência
Gritava: - Sem Violência
- Sem Vandalismo
E sabotava a resistência
Em nome do moralismo
De grande cegueira acometido
De grande cegueira acometido
Se metia a traidor
Confundindo a resistência do oprimido
Com a violência do opressor
O gigante pedia paz
O gigante pedia paz
A polícia mandava gás
O gigante então fugia
O gigante em histeria
Uma “boa imagem” pro movimento
Vale mais que sua integridade física
Que todos se contenham nesse momento
Suportem as agressões agradecendo
Para que só nós sejamos “a vítima”
Protesto é luta, não penitência
Protesto é luta, não penitência
Ó gigante defensor “das coisas boas”
Pra quem é mais importante a aparência
Do que a integridade das pessoas
Perdoe esses revoltados
Perdoe esses revoltados
“Que estragam O SEU belo protesto”
Que sejamos sempre uns coitados
Implorando políticos honestos
Perdoe os vândalos terríveis
Perdoe os vândalos terríveis
Seres tão insensíveis
Que saem quebrando as coisas
Cada coisa que simboliza
Tudo o que você admira:
Governo, repressão, mídia
Estado, propriedade, hierarquia
O gigante nunca fez muitas reflexões
O gigante nunca fez muitas reflexões
Ele dizia querer transformar
Mas era defensor das instituições
Que fazem todo povo penar
Parecia apontar uma nova via
Parecia apontar uma nova via
Mas só mantinha
Tudo na velha ordem estabelecida
Ia ao protesto pra ficar sentado
Ia ao protesto pra ficar sentado
Na hora que deveria ser ousado
Isso não quer e nem percebe
Pois a ousadia é coisa da plebe
Já o gigante "refinado donzelo"
Já o gigante "refinado donzelo"
Adornado de verde-amarelo
Não afeito a “deselegâncias”
Desconsiderava as circunstâncias
Mas depois que tanto brincou
Mas depois que tanto brincou
O gigante cansou
E sua revolta passou...
Já se encontra novamente
"Deitado eternamente"
Poema Torto Contra a Universidade
Ela se proclama o templo do conhecimento
O altar-mor da diversidade
Nela se fala
[se discute, se analisa, se debate!!!]
em tolerância às muitas culturas
em tolerância às muitas culturas
E se produzem os discursos e as verdades
Também diz querer um outro planeta
Ao defender as propostas da sustentabilidade
Tudo isso é muito bonito,
se não analisarmos que ela
Não é uma bolha separada da realidade...
A sua autonomia tão propalada, tem uma real finalidade
A sua autonomia tão propalada, tem uma real finalidade
Ocultar para a maioria que nela diz que estuda, vive ou trabalha
Que nela se reproduzem as contradições da nossa sociedade
A separação dos saberes em disciplinas,
com seu caráter de objetividade
Está a serviço das classes que dominam,
pois a produção de ideologias
[tudo é ideologia! bradam os pós-pós-pós-doutores,
mestres e senhores professores...]
É o grande mérito da intelectualidade
Quem ousa se levantar contra a burocracia nela reinante
Quem ousa se levantar contra a burocracia nela reinante
Que somada às ilusões de um diploma para ter mais oportunidades
[SUCE$O.....] que na verdade só reforçam a passividade
É logo taxado de louco e utopista, pois temos de criticar
[sim, o pensamento crítico, para fomentar a cidadania!]
e não lutar pela transformação radical da sociedade
Se ela é pública ou é privada não importa
[sim, o pensamento crítico, para fomentar a cidadania!]
e não lutar pela transformação radical da sociedade
Se ela é pública ou é privada não importa
Pois nas duas existem sistemas de notas, conceitos, provas,
artigos e mais teses a serem escritas, e para qual finalidade?
artigos e mais teses a serem escritas, e para qual finalidade?
Ah, para se acumularem nas estantes empoeiradas das suas bibliotecas
Com a esperança de um dia farão sentido para a 'comunidade'
Não vou ficar aqui por muito tempo
Não vou ficar aqui por muito tempo
Mas não me isento da responsabilidade
De fazer sua denúncia radical
Pois sei que a escola ideal no capitalismo
Chama-se UNIVERSIDADE!
Rubens Vinícius
Escolhas
O político sempre indecente
Do patrão devo ser servente
A televisão alienação influente
A polícia repressão potente
Não há como ficar indiferente
Do que por toda parte se faz presente
Me sinto diante disso descontente
Dessa moral e valores descrente
Devo seguir como penitente,
Acorrentar coração e mente
Ao imundo esteio do existente
Como posso a isso ser obediente?
Aceitar vai parecendo conveniente
Aos de consciência decadente
Contestar parece imprudente
Mas é uma atitude valente...
Prefiro ser um combatente
Luiz Aurélio
Do patrão devo ser servente
A televisão alienação influente
A polícia repressão potente
Não há como ficar indiferente
Do que por toda parte se faz presente
Me sinto diante disso descontente
Dessa moral e valores descrente
Devo seguir como penitente,
Acorrentar coração e mente
Ao imundo esteio do existente
Como posso a isso ser obediente?
Aceitar vai parecendo conveniente
Aos de consciência decadente
Contestar parece imprudente
Mas é uma atitude valente...
Prefiro ser um combatente
Luiz Aurélio
A Lógica da Mercadoria
Certa feita na fábrica
Pensei que bom seria
Se conseguisse entender quando se falaTrabalhando na esteira
Anos e mais anos na correria
Mais de oito horas por dia
Percebo que os minutos soam como a vida inteira
Parece não ter fim esta agonia
Sinto-me um apêndice da máquina
Tudo me faz ter apatia
Meu trabalho vivo dá vida e gera valor novos aos produtos
Mas me roubam o suor, o sangue, a criatividade e a alegria
Percebo que esta situação há certo tempo não só minha cabeça influencia
Deixando a mim e demais como eu num estado profundo de letargia
Devemos compreender que esta sociedade tem fundamento real:
Uma certa coisa chamada de mais-valia
Se produzimos tudo o que aí está
Da calada da noite até o raiar do dia
Por que é que o produto de nosso trabalho
Fica reservado a uma pequena minoria?
Esta tem a propriedade mas não trabalha
Privando-nos da gestão do trabalho e de sua primazia
E a seu serviço tem um aparato forte que nos mantém sob constante vigia
Tem estado, meios de comunicação, polícia e sua amiga burocracia
Declaremos guerra à inimiga da humanidade, pois agora sabemos de onde e vem e como se cria:
Brutal exploração que nos perpetra e quer a todo custo esconder
A odiosa, vil e hipócrita burguesia!
Rubens Vinicius
dentro do corpo bate o peito
do sujeito marginalizado
e eu aqui nesse estado
De inconformação,
e nessa guerra tão voraz não me curvarei a um só senhor
porque e de luta e sofreguidão q se faz livre a nação
burguesses pacifista
o gonverno é facista ,
o meu corpo eu exorciso
com bala, e gaz de efeito imoral
e pro detentor do capital
deixo o meu escaro de dor e sofrimento
eu ja não aguento tanta amargura ,tortura e lamento
não me curvo a opressão
eu luto de pé
seja oq o povo quiser
porq a deus não me curvarei nessa terra santa e profana
e o q farei nesse mundo se não gritar por liberdade que é a nessesidade
dos que lutam por emancipação
sou mais um na guerrilha com a vida a prestação
destrua o estado porq sou mais um bastardo
dessa patria facista ,autoritaria e mascacarada
que se chama patria amada,assasina e macabra
do sujeito marginalizado
e eu aqui nesse estado
De inconformação,
e nessa guerra tão voraz não me curvarei a um só senhor
porque e de luta e sofreguidão q se faz livre a nação
burguesses pacifista
o gonverno é facista ,
o meu corpo eu exorciso
com bala, e gaz de efeito imoral
e pro detentor do capital
deixo o meu escaro de dor e sofrimento
eu ja não aguento tanta amargura ,tortura e lamento
não me curvo a opressão
eu luto de pé
seja oq o povo quiser
porq a deus não me curvarei nessa terra santa e profana
e o q farei nesse mundo se não gritar por liberdade que é a nessesidade
dos que lutam por emancipação
sou mais um na guerrilha com a vida a prestação
destrua o estado porq sou mais um bastardo
dessa patria facista ,autoritaria e mascacarada
que se chama patria amada,assasina e macabra
*Contribuição anônima deixada ao blog
Copa das Contradições
Nos estádios: Copa das Confederações
Nas ruas: onda de manifestações
O governo: carnaval de corrupções
A polícia: bombas e agressões
A mídia: festival de manipulações
E o povo?
-Ira e rebeliões!
Aurélio
Foto: Everton Nunes
Nas ruas: onda de manifestações
O governo: carnaval de corrupções
A polícia: bombas e agressões
A mídia: festival de manipulações
E o povo?
-Ira e rebeliões!
Aurélio
Foto: Everton Nunes
Anarquia!
Não me conformo com o que toda-a-gente,
Essa miséria e informe carneirada,
Opina e diz, sanciona, pensa e sente.
Rebelo-me. Protesto. Faço assuada.
Aos deus não me curvo. Sou de descrente.
Juízes, Soldadesca, padralhada,
Ministros, deputados, presidente...
Eu odeio de morte esta cambada !
Ferve em meu peito uma revolta santa
Contra toda a feição de sacripanta.
Detesto sobretudo a ipocrisia.
E só descançarei da minha lida
Quando o último burguês deixar a vida...
-Como me chamo?- Eu Chamo-me Anarquia!
Antonio Pedro
28/02/1920
Essa miséria e informe carneirada,
Opina e diz, sanciona, pensa e sente.
Rebelo-me. Protesto. Faço assuada.
Aos deus não me curvo. Sou de descrente.
Juízes, Soldadesca, padralhada,
Ministros, deputados, presidente...
Eu odeio de morte esta cambada !
Ferve em meu peito uma revolta santa
Contra toda a feição de sacripanta.
Detesto sobretudo a ipocrisia.
E só descançarei da minha lida
Quando o último burguês deixar a vida...
-Como me chamo?- Eu Chamo-me Anarquia!
Antonio Pedro
28/02/1920
Alvorada
Quando chegará o dia
Do povo se libertar
Do seu velho mal-estar,
Num ato de rebeldia?
Será quando compreender
Seus verdadeiros direitos,
E então triunfar fazer
O mais belo dos seus feitos!...
Sem amos e sem senhores,
Na sociedade de iguais,
Sendo todos produtores,
Deixará de haver rivais.
Mundo de amor e harmonia,
Onde não haja rancor,
Mas o grandioso fulgor
Da luminosa Anarquia!
Antonio Abranches
02/09/1916
Do povo se libertar
Do seu velho mal-estar,
Num ato de rebeldia?
Será quando compreender
Seus verdadeiros direitos,
E então triunfar fazer
O mais belo dos seus feitos!...
Sem amos e sem senhores,
Na sociedade de iguais,
Sendo todos produtores,
Deixará de haver rivais.
Mundo de amor e harmonia,
Onde não haja rancor,
Mas o grandioso fulgor
Da luminosa Anarquia!
Antonio Abranches
02/09/1916
Saudações Proletários
Saudações Proletários,
chegou o grande dia;
deixemos os antros da exploração,
não ser mais escravos da burguesia,
tomemos os meios de produção!
De cada um segundo as suas capacidades,
a cada um segundo as suas necessidades.
A sociedade organizada em Autogestão,
isso é que é Revolução!
A Liberdade como maior anseio
Coerência entre os fins e os meios
O Povo livre associado,
a destruição do estado,
a extinção dos tiranos!
Conhecerão vida os seres humanos,
que só vegetaram ao longo dos anos...
Oh, Proletário!
Está tudo em suas mãos...
Não te chamamos à revolta por caridade.
É porque a sua auto-emancipação,
é também condição de libertação,
para toda a humanidade!
Aurélio
chegou o grande dia;
deixemos os antros da exploração,
não ser mais escravos da burguesia,
tomemos os meios de produção!
De cada um segundo as suas capacidades,
a cada um segundo as suas necessidades.
A sociedade organizada em Autogestão,
isso é que é Revolução!
A Liberdade como maior anseio
Coerência entre os fins e os meios
O Povo livre associado,
a destruição do estado,
a extinção dos tiranos!
Conhecerão vida os seres humanos,
que só vegetaram ao longo dos anos...
Oh, Proletário!
Está tudo em suas mãos...
Não te chamamos à revolta por caridade.
É porque a sua auto-emancipação,
é também condição de libertação,
para toda a humanidade!
Aurélio
O Querer é Imortal
O que perscruta o pensamento
Na hora que a lucidez titubeia?
Existe fome, muito armamento
Na ilusão da guerra que desencadeia.
No louco afã dos ditadores
Amargo amores, ergue-se masmorras
Se o poder aniquila os libertadores
Eu te maldigo ó poder, morras!
E pelo sangue que derramastes
Eu sei dirão, não foram poucos
Apesar de pregarem: não mates,
Agem como assassinos loucos.
O que fazer de nossas crianças
Dos anciãos e de nossas mulheres?
A guerra tirou-nos as esperanças
De sonhar com a paz de dias melhores
Eu digo morras poder maldito
Com os seus exércitos de algozes
E eu vivo pelo que acredito
Acabar com o querer, tu não podes.
Danton Medrado
Na hora que a lucidez titubeia?
Existe fome, muito armamento
Na ilusão da guerra que desencadeia.
No louco afã dos ditadores
Amargo amores, ergue-se masmorras
Se o poder aniquila os libertadores
Eu te maldigo ó poder, morras!
E pelo sangue que derramastes
Eu sei dirão, não foram poucos
Apesar de pregarem: não mates,
Agem como assassinos loucos.
O que fazer de nossas crianças
Dos anciãos e de nossas mulheres?
A guerra tirou-nos as esperanças
De sonhar com a paz de dias melhores
Eu digo morras poder maldito
Com os seus exércitos de algozes
E eu vivo pelo que acredito
Acabar com o querer, tu não podes.
Danton Medrado
Dores Íntimas
Esta angústia que me atormenta e fere
Estoura-me a cabeça há pelo menos 30 anos.
Já tomei muitas centenas de analgésicos,
Nada, entretanto, alivia-me a dor.
Bebo regularmente doses excessivas de álcool,
O alívio é, deveras, muito passageiro.
Estupefacientes nunca me satisfizeram.
Até religião já cheguei a consumir.
A dor, todavia, é deveras muito intensa.
Este mundo é muito pequeno para mim.
Não me refiro, naturalmente, à sua extensão geográfica.
O espaço é grande, a vida é que é pequena.
As paredes da vida moderna apertam-me o cérebro.
Vivo uma claustrofobia noturna.
Diante de meus olhos, só a pequenez do cotidiano.
Ao meu lado, pessoas que se desmancham em vermes.
Ouvi dizer que existe um mundo de alegria,
Duvido sinceramente disto. Nunca ri de verdade.
Como se pode rir? Tudo é tão falso, tudo é tão ilusório.
Também não posso chorar, pois só fui educado a sofrer.
Isto é que é o "natural".
Cada um com sua dor, sua angústia, sua miséria existencial.
Para mim tudo é demasiado vazio,
ou elimino as causas de minhas dores, ou elimino-me junto com elas!!!
Lucas Maia
Estoura-me a cabeça há pelo menos 30 anos.
Já tomei muitas centenas de analgésicos,
Nada, entretanto, alivia-me a dor.
Bebo regularmente doses excessivas de álcool,
O alívio é, deveras, muito passageiro.
Estupefacientes nunca me satisfizeram.
Até religião já cheguei a consumir.
A dor, todavia, é deveras muito intensa.
Este mundo é muito pequeno para mim.
Não me refiro, naturalmente, à sua extensão geográfica.
O espaço é grande, a vida é que é pequena.
As paredes da vida moderna apertam-me o cérebro.
Vivo uma claustrofobia noturna.
Diante de meus olhos, só a pequenez do cotidiano.
Ao meu lado, pessoas que se desmancham em vermes.
Ouvi dizer que existe um mundo de alegria,
Duvido sinceramente disto. Nunca ri de verdade.
Como se pode rir? Tudo é tão falso, tudo é tão ilusório.
Também não posso chorar, pois só fui educado a sofrer.
Isto é que é o "natural".
Cada um com sua dor, sua angústia, sua miséria existencial.
Para mim tudo é demasiado vazio,
ou elimino as causas de minhas dores, ou elimino-me junto com elas!!!
Lucas Maia
Anacionalista
Pensando mais a fundo...
Nem fronteiras, nem nações!
Fronteiras são prisões,
Somos cidadãos do mundo.
Nem fronteiras, nem nações!
Fronteiras são prisões,
Somos cidadãos do mundo.
Aurélio
O Cavador
Cavador - Van Gogh |
a terra que não é tua !
Enriquece o teu senhor,
revestindo a terra nua
de sementeira sem flor.
Todo o sangue que hás perdido,
Sangue rubro como a aurora,
Vira nelas resurjido...
Quem sabe se, a esta hora,
havera na tua casa
um pão na arca e a uma brasa
na lareira triste e fria ?
Mas que importa uma agonia,
uma lágrima, uma dor,
de gente faminta e nua ?
Cava, cava, cavador,
a terra que não é tua !
Luiz Cebola
La Cancion de los Parias
Somos los pobres, los harapientos,
Los que tenemos que trabajar,
Bajas las frentes, mudas las bocas,
Eternamente sin descansar.
Envilecidos y maltratados
y sin derechos para implorar;
siempre sufrimos nuestras pobrezas,
Siempre aplacamos nuestro llorar.
Todos los ricos ven nuestras penas,
Todos contemplan sin compasión
Nuestros dolores, nuestras desgracias,
Sin que se ablande su corazón.
Ya no debemos sufrir más tiempo
Ni los rigores ni la opresión;
Todos activos lanzar debemos
Gritos viriles de rebelión.
Y en otros días que contemplemos
El triunfo justo de nuestro plan,
No aguantaremos esclavitudes
Ni sostendremos al holgazán
Todos seremos libres y hermanos,
Todos tendremos el mismo afán,
En constituirnos fuertes e iguales,
Sin fraile, rico ni capitán.
Manoel González Prada 1909
Imagem: Operários de minas de carvão do início do século XX, EUA- http://progressiveeradotcom.wordpress.com/category/labor-coal-mining/mother-jones/childrens-march/
Los que tenemos que trabajar,
Bajas las frentes, mudas las bocas,
Eternamente sin descansar.
Envilecidos y maltratados
y sin derechos para implorar;
siempre sufrimos nuestras pobrezas,
Siempre aplacamos nuestro llorar.
Todos los ricos ven nuestras penas,
Todos contemplan sin compasión
Nuestros dolores, nuestras desgracias,
Sin que se ablande su corazón.
Ya no debemos sufrir más tiempo
Ni los rigores ni la opresión;
Todos activos lanzar debemos
Gritos viriles de rebelión.
Y en otros días que contemplemos
El triunfo justo de nuestro plan,
No aguantaremos esclavitudes
Ni sostendremos al holgazán
Todos seremos libres y hermanos,
Todos tendremos el mismo afán,
En constituirnos fuertes e iguales,
Sin fraile, rico ni capitán.
Manoel González Prada 1909
Imagem: Operários de minas de carvão do início do século XX, EUA- http://progressiveeradotcom.wordpress.com/category/labor-coal-mining/mother-jones/childrens-march/
Cidadãos “respeitáveis”
O burguês e o político são venerados
até mesmo por alguns
que são por esses explorados.
Privilégios e poder ao paspalho!
E todo esforço nessa vida será falho
Os que com seu trabalho
geram toda riqueza
colherão penúria, pobreza
e de brinde mais opressão de sobremesa.
Aurélio
13 de Junho 2012
até mesmo por alguns
que são por esses explorados.
Privilégios e poder ao paspalho!
E todo esforço nessa vida será falho
Os que com seu trabalho
geram toda riqueza
colherão penúria, pobreza
e de brinde mais opressão de sobremesa.
Aurélio
13 de Junho 2012
Estória
Nossa como somos importantes
Ao menos na história recente
Saímos às ruas com faixas e bandeiras
E depomos mais um@ president@
Precisamos de poderes exteriores
E da figura de um@ dirigente
Se ele não faz ou cumpre o que promete
Tiramos ele de lá, pois o povo ainda é resistente
O tempo passa e a vida não muda
Ess@ que entrou mente e entra na nossa mente
Aumenta nossa exploração, alienação e opressão
Dizendo que o crescimento do país, da região e do continente
É o que dá pra fazer no momento, pois isso é bom pra gente
Na fábrica, na loja, no escritório
Enfim, na labuta e no batente
Começamos a perceber que não adianta
Apenas tirar mais um@ pra luta seguir em frente
Chegamos à conclusão que ninguém mais vai nos dizer
O que só a gente tem de fazer
Ocupar fábricas, terras, saquear mercados e parar a produção
Não só nos dias de protesto contra quaisquer president@s, dirigentes ou senhor@s!
Rubens Vinícius, 24/12/12.
Ao menos na história recente
Saímos às ruas com faixas e bandeiras
E depomos mais um@ president@
Precisamos de poderes exteriores
E da figura de um@ dirigente
Se ele não faz ou cumpre o que promete
Tiramos ele de lá, pois o povo ainda é resistente
O tempo passa e a vida não muda
Ess@ que entrou mente e entra na nossa mente
Aumenta nossa exploração, alienação e opressão
Dizendo que o crescimento do país, da região e do continente
É o que dá pra fazer no momento, pois isso é bom pra gente
Na fábrica, na loja, no escritório
Enfim, na labuta e no batente
Começamos a perceber que não adianta
Apenas tirar mais um@ pra luta seguir em frente
Chegamos à conclusão que ninguém mais vai nos dizer
O que só a gente tem de fazer
Ocupar fábricas, terras, saquear mercados e parar a produção
Não só nos dias de protesto contra quaisquer president@s, dirigentes ou senhor@s!
Rubens Vinícius, 24/12/12.
Traidores Bolcheviques
Quanta enganação...
Malditos bolcheviques!
Quando correm águas de revolução...
O que eles fazem nessa situação?
Barram seu caminho pondo diques!
Quando falamos revolução
Falamos de toda a sociedade
organizada em autogestão
Quando eles falam revolução
É um engodo na verdade
Para outra forma de opressão
Nós queremos transformação imediata
Com eles não temos nada em comum
Eles propagam um conto de fadas
Buscando enganar mais algum
É o conto da etapa de transição necessária
Que é uma transição de fachada
Que transita do nada para lugar nenhum
Quando a luta popular abre alas
Quando os trabalhadores ardem como brasas
Quando o povo se revolta e cria asas
Os porcos logo querem por as patas
Para fazer a contra-revolução
E estabelecer nova dominação
A dominação dos burocratas
Só o povo a revolução garante
Autogestão é caminhar adiante
Seguir um Lênin é estar perdido
"A revolução não é tarefa do partido!"
A traição e a decepção aguarda
A todo que acredita na vanguarda
Ela fala em ganho mas só traz perda
O bolchevismo é o ópio da esquerda!
Transformação ?
É acabar com os exploradores
E com a possibilidade de novos senhores
Combater a corja dos notórios traidores
Pois a revolução dos trabalhadores
Só há de ser obra dos próprios trabalhadores!
Luiz Aurélio
Novembro 2011
A Justiça
Ouves! Retumba a torva tempestade
Que pavorosa envolve a humanidade,
No turbilhão, perene dessa vida,
Que a casta não a vê já dissolvida.
Cultos, deuses, senhores poderosos,
Erguem-se insustantes, vis, jocosos,
Defronte à torpe massa que desfila,
Sob uma carga enorme, que aniquila...
E que alguém erga a voz debilitada,
Que diga que quer pão, que quer abrigo,
Como na esquina o trôpego mendigo!...
Que invoque a lei sagrada, ou a justiça,
Que num leito de vil ouro se espreguiça:
Caprichosa Cruel Ensanguentada!...
José de Barros
"Publicado no Jornal "A Revolta", Santos, 01/05/1914"
Assinar:
Postagens (Atom)