O Trabalhador

Levanta de manhã o bom trabalhador,
Sereno e contrafeito, ao peso da desgraça,
Para a oficina vai o nobre lutador,
Olhando com desdém pelo burguês que passa.

Começa a trabalhar no intenso labor
Gasta a força viril herdada de sua raça,
Enquanto o seu patrão, o infame explorador,
No luxo e no prazer a vida inútil passa...

E à tarde, quando volta à mísera morada,
E põe-se a refletir na sorte desgraçada,
Solta gritos de dor como um leão a rugir.

Desejando fazer, com desejo profundo,
Explodir este abjeto e miserável mundo
E sobre a ruinaria outro mundo construir !


José Máximo

imagem: http://kwerfeldein.deviantart.com/

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