Contraponto
Os dias passam tão rápido
Nem dá para acreditar
No pouco tempo que me resta
Quero fazer algo para transformar
Diante desse mundo destrutivo
Que ao menos deixe escrito
Meu grito estridente
Contra essa sociedade
Me levanto resistente
Um sentimento latente
De contra tudo isso protestar
Numa atualidade envolta em problemas
Mesmo com meu eu envolto em dilemas
Algo construtivo insisto em expressar
Luiz Aurelio
O protesto
Protesto contra o mal da força e da justiça:
Um degrada a fraqueza, outro excita à agressão;
Contra a fé que reduz o homem a alma submissa,
Iludindo-o com céus que nunca se abrirão.
Clamo contra o senhor, clamo contra a cobiça,
Inventora de leis, criadora de opressão.
Sou Spártacus e odeio a pátria se esperdiça
Meu sangue e faz, do suor, esforço hostil e vão.
Bradam, no meu protesto, os prantos do passado...
Ira acêsa de todo um mundo sofredor;
Mártir do amo, do rei, do padre, do soldado!
Sou a nova intuição contra a lei do Senhor;
Sou a ação que destrói a moral do pecado,
Para erigir o orgulho e libertar o amor.
(José Oiticica - 1919)
Auto-Educação
Você pode aprender...
Por conta própria.
Em casa e nas ruas
Fora dos muros da escola
Você pode aprender...
Por conta própria.
Sem professores,
aulas, provas, notas.
Você pode aprender...
Por conta própria.
Acorda !
Não desperdice seu tempo
na frente da TV
Não desperdice seu tempo
com besteiras no PC
Não seja um alienado
Seja mais você.
O que você quizer
Você pode aprender
escolha uns bons livros
crie o hábito de ler
e leia criticamente
desenvolva sua mente
para o sistema combater.
Luiz Aurélio
O partido
Modelo concreto
Da alienação política das massas.
Só é forte, na verdade,
Quando os oprimidos são simplesmente massa.
Vive soberbamente
Nas entranhas de sua razão de existência: o estado.
Tanto faz o lado
Esquerda, direita ou centro,
O partido
Ama o dinheiro, o poder, a hierarquia.
Seja comunista, nazista,
democrático, socialista,
trabalhador ou trabalhista...
O partido é sempre, embora nunca o diga,
o bastião, a última trincheira da classe capitalista.
Por que não existe um PC: Partido Capitalista?
Um PE: Partido dos Exploradores?
Um PB: Partido dos Burgueses?
Um PBP: Partido da Burguesia no Poder?
Um PUBB: Partido da Unificação Burguesa Burocrática?
Pensais sobre isto
O nome do partido sempre esconde aquilo que ele é.
Lucas Maia
http://api.ning.com/files/Uvtk4r-tub*YRRGkShi8i8iknIEY5msse6abcWs7IoETBKKHO0bANCjL9cGWWANiSPkjPjkleY-HEjMbYNrPw5eKZ-7YalXy/PoemaPolitico.pdf
Um dia a mais
Estou tão cansado que não consigo dormir
As pernas doem e não me deixam relaxar
Os pensamentos chegam para atrapalhar
De manhã é só despertar e partir
Trabalhar para viver
Ou viver para trabalhar?
Escolha antes do prazo de validade vencer
Pois não se sabe onde este mundo vai parar
Escove os dentes engolindo a comida
Não esqueça a carteira de identidade jamais
Gargalhe com os amigos na saída
Nas almas os sorrisos são cariados
E a anestesia é uma alienação constante
Não esqueça o beijo da esposa na despedida
E prepare-se para responder aos seus filhos
Pai
Qual o sentido da vida?
Estaine Alencar
http://estainexalencar.blogspot.com/
25 novembro 2011
olha para um lado e vejo destruição,
olho para o outro e vejo exploração,
na minha frente a televisão,
com a sua alienação,
alguem ai me ajude pra eu sair dessa desilusão!!!!!!!!
Joaquim Augusto Faria Borges
http://movaut.ning.com/group/poesialibertaria
Contra-Corrente
Onde ser normal é mediocridade
Tente ir sempre em frente...
Mesmo que te amarre a odiosa sociedade
Tenha a liberdade sempre em mente...
Não tema o calor dos conflitos
Seja aquele que entre mortos-vivos...
Tenta lutar e viver intensamente
(A)urélio
julho-2011
O Desprendimento
Não escrevas, se és Gênio, por vaidade,
Faze tudo o que deves por dever.
Somente a alma de apóstolo persuade
E obriga as almas débeis a poder.
Que o teu verbo, se és deus, ensine e brade
Sacudindo os que morrem sem viver.
Só assim hás de ter sinceridade
Para pensar e amor para escrever
Não te lembres da glória, combatendo!
Ela virá quando tiver de vir,
No teu dia mais fúnebre e tremendo...
Ela cresce, entreoculta, em teu porvir!
Sê digno de esperá-la, assim, sofrendo,
Sem desejos sequer de a conseguir.
José Oiticica
O Sol da Nova Idéia
As imagens dos celicos devassos
Em negro pó desfeitas o ar semeiam;
Levadas para o vento revolteiam
As crenças divinas em estilhaços.
Os deuses já morreram nos espaços
Os altivos e os templos bamboleiam;
Os tronos d’ouro estalavam ou baqueiam
e fogem dos reis trêmulos dos paços.
Dos credos sem sentido as densas brumas
Se dissolvem na noite, quais espumas
Na areia da praia que reluz!
O mundo velho dorme em longa treva
Enquanto ao longe vejo que se eleva
O Sol da nova idéia a branca luz!
Teixeira Bastos
Publicado em “A Voz Operária”, Campinas, 05/10/1919
O construtor não deve temer ruínas
Dizem o patrão e o senhor
Quando a revolução de aproxima
Dizem que dali só sobrará ruinas...
A visão de mundo propagada pelo burguês
Não consegue ver além do capital e do lucro
Mas olho as construções e produtos...
O trabalhador fez isso tudo!
Poderá também fazê-los outra vez...
E pode fazer bem melhor!
Em uma sociedade liberta da ganância
Que se mova para a satisfação humana
De realizações e feitos, será muito maior
Vejo um povo moribundo,
em um mundo de privações
Se eles se movimentarem, as coisas mudam...
Aos revolucionários ruínas não assustam
Porque sementes de um Novo Mundo
Já carregam em seus corações
Luiz Aurélio
agosto-2011
Imagem:
http://marciosouzajunior.blogspot.com/2010/07/construtores-java.html
Dias atuais
Sentado no meu quarto,
me proponho a escrever um poema,
mas do que falar?
sobre os amores?
sobre as dores?
sobre as paranóias?
ou anedotas?
Vem a mente de repente,
um pensamento.
Que tal falar sobre o seu dia?
Meu dia?
isso me arrepia,
meu dia
é o mesmo de todos os dias,
acordo as 7 horas,
tenho que trabalhar,
apesar de não querer ,
sou obrigado,
a se rebaixar.
A minha vontade
se encontra com a minha liberdade,
preso a minha necessidade.
Não falarei do meu trabalho.
Outra vez uma reflexão.
Que tal falar sobre a minha diversão?
A minha diversão é a distração da televisão.
De repente, veio a minha mente,
uma lembrança.
Já sei,
Não falarei, apenas recordarei,
aquele mês,
A luta contra o patrão,
a nossa decisão,
De não trabalhar
e de protestar.
Isso nos fez acordar,
A nossa luta produziu a reação,
contra a exploração.
Como boas pessoas que são,
os sindicalistas proibiu a nossa ação,
dizendo que isso era autogestão,
isso é ilusão.
Respondemos então:
_Não vem dizer o que fazer,
Eu não vou te obedecer.
Não vou esperar, a sua boa vontade de nos ajudar.
Foi nítida a reação,
A polícia em ação.
A batalha foi perdida,
Mas a guerra será vencida.
Adriano José
http://movaut.ning.com/group/poesialibertaria/forum/topics/dias-atuais
Tropel noturno
A sombria mancha vermelho-cinza me arruína!
Carrego comigo 150 quilos de dores seculares,
No meio das quais se dissolvem todos os pares
Dos amantes que a multidão violentamente fulmina.
Mais uma noite sozinho, preso em milhões de azares
Corro para dentro de mim buscando algo humano.
Só encontro destroços, pequenos fragmentos insulares,
Restos de alegria, a loucura dispersa num oceano.
Mas do tropel da desgraça que violentamente me assola,
Da vida que corre pelos trilhos metálicos da morte hedionda
Brota o Germinal, como disse muito bem o velho Zola!!!
Somente agora que o sangue noturno entope minhas artérias,
Vejo descer pelas ladeiras da resistência uma imensa bola,
Que aumenta de tamanho tal qual um tropel de bactérias.
∗∗∗
E cria, no meio destas estradas funéreasUma onda gigantesca de muita vida,
Trazendo para si a potência perdida,
Fazendo de si imaginações aéreas.
Da angústia dolorosa do corpo massacrado,
Da solidão que me afugenta em delírio,
Da morte que goza no martírio,
Do sádico que se regozija ante o encarcerado,
Da dor solitária que destrói o homem atomizado,
Da mônada claustrofóbica que envolve o indivíduo
Há de reerguer-se em movimento o povo conspícuo,
Há de lutar a multidão de forma muito organizada.
Tal como um fósforo que pego-o e risco-o,
Também a vida será por todos nós revolucionada.
Lucas Maia
http://api.ning.com/files/UuLvypwfh0VOPAmoiCupZas8qvs7qjgmUdaPqN0YHP6xOlnCTqOdTzWD7uExzM2qxZ8pbp-8QlxvzuJMTKFdiI9X8aEx*VxA/livrinhoDoresntimas.pdf
Anarquia, Anarquia
Anarquia, Anarquia
Dama da Liberdade
Por ti se erguia
A bandeira da Igualdade
És a Justiça que não falha
Ouçai todo aquele que lavra
Aprende, trabalha e batalha
Pois a mim peço a palavra
Nossa história começa
Como todas que ouviste
A um passado distante regressa
Mas até hoje persiste
Era o Homem pois
Um simples animal
Mas dia antes e dia depois
Era assolado pelo Mal
Vivendo na caverna
Escondido o Homem era
Pois fora de sua casa terna
Habitava besta fera
Mas uma não bastava
Então duas la estavam
Onde uma ia, a outra acompanha
Nunca sós, juntas reinavam
Uma era o Medo
Que nunca se passa
Portanto todo dia logo cedo
Ao Homem saia a caça
Sua irmã a Ignorância
Junto a caminhar
Pois grande era sua ânsia
Do Homem atormentar
Pobre Homem, só a lutar
Enquanto o Mal rondava
Pobre Homem, incapaz de sonhar
Enquanto o Mal esperava
Vez ou outra ousava
De seu abrigo fugir
Mas tão logo voltava
Ao ver o mal surgir
Enfim um dia o homem achou
Um ovo sem mãe nem pai
À caverna o levou
Para ver o que dali sai
Não é que dali nasce
Uma Hidra de tres cabeças
E alimentada ela logo cresce
Maior que as duas bestas?
E a ambas sai a caça
O monstro adotado
Pois elas ele ultrapassa
Sorte do Homem amado
Quanta mentira, ora essa
Pois mil vezes pior a tal
Iludiu o Homem nessa
Que não entendeu o novo mal
As antigas bestas derrotadas
Uma nova emergia
Mais cruel que as derrubadas
Abominação que surgia
De joelhos o Homem colocou
Arrogante ela era
Como deus se coroou
Maldita besta fera!
As três cabeças a rir
Seus olhos a brilhar
Nunca o Homem sorrir
Enquanto a criatura reinar
Das Três a da Direita
Uma horda a formar
Com força ela ajeita
Para inimigos esmagar
Ó monstro cruel
Sob teu punho juntas uma nação
Ó monstro fiel
Com uma bandeira enganas a multidão!
Prometes Ordem
Sob tua vigilância
Mas com desordem
Revela tua arrogância!
Leviathan
Fera da Violência!
Leviathan
Que destrói a inocência!
Das Três a da Esquerda
Mentirosa dentre elas
Ilude a todos com perda
Mas definha tudo que relas
Fanatismo maldito
Blasfemias profere
Em nome do Divino dito
A seus iludidos ela fere
Pois Ilusão é o que revelará
Demiurgo cego e farsante
Quando a Sabedoria virá
Nos livrar da mentira cegante?
Samael
Fera que Mente!
Samael
Que destrói a Mente!
Das Três a do Meio
Fria e calculista
Ela não conhece freio
Que o Homem resista!
Ela conhece seus segredos
Ouro e Prata oferece
Ela conhece seus medos
Propriedade, eis sua prece!
Deus corrompido
Uns são, outros não
Por que vendes o esculpido
Enquanto outros vivem sem pão?
Mamon
Fera das Riquezas
Mamon
Malditas suas surprezas!
Ó pobre Homem
Quando enfim escaparás?
Ó pobre Homem
Quando enfim viverás?
Anarquia, Anarquia
Dama da Liberdade
Por ti se erguia
A bandeira da Igualdade
Anarkhos
Bandeira Negra
Bandeira Negra,
sua maior beleza
é ser uma anti-bandeira
no sentido nacional
Representa nenhuma nação
Pois é símbolo de união
Com objetivo de luta
Com objetivo de ação
Nacionalismo é um mal
Poderosos o colocaram
As fronteiras não nos separam
Nos separa a classe social
De união repercuta uma voz
Entre todos os produtores
Gritando paz entre nós
Gritando guerra aos senhores!
Trabalhadora e Trabalhador
Seja lá de onde for
Também é um dos nossos
Não travemos fratricidas combates
Que não haja guerra entre os povos
Que não haja paz entre as classes!
Sob as coloridas bandeiras nacionais
a humanidade agoniza
Entre multidão de divisas,
sofrimentos tão iguais!
Nos dividindo é a maneira
Que o inimigo se fortalece
Contra isso é preciso lutar
Levantemos bandeira negra
bandeira que se escurece
para que o ser humano possa brilhar
Chega de tiranias!
Escancaradas
ou travestidas de democracia
Governo é só sofrimento e opressão
Para cima da população
Nesse mundo degradativo
Só os trabalhadores podem dar solução
Botando fora o político
Botando fora o patrão
Se lançando ao combate
Abolindo a propriedade
dos meios de produção
Começar a organização da sociedade
Através do povo em união
Derrotar a ilusão de incapacidade
Sua infinita capacidade mostrarão
Sua infinita capacidade mostrarão
Para uma verdadeira revolução
Que leve para a libertação
Não há outra maneira
Que o nosso ser seja fogueira
A queimar toda opressão
Levantemos bandeira negra
e gritemos autogestão
À mulher operária
Onde impera o trabalho e reina a trama
Onde a fome, roaz, brama de sol a sol.
Brotaste na miséria e estás predestinada
A sofrer, trabalhar e morrer estiolada,
Sem que brilhe em teu seio a luz de um arrebol.
Neste inferno que foste atirada -a Oficina-
A burguesia vil, corruptora, assassina,
Com sólidos grilhões te enleou e te prendeu.
E o infando Capital o teu suor devora,
Como a águia da Legenda espedaçava outrora
A rija carnação do bravo Prometeu.
Para o mundo atual, tu és, unicamente,
A fonte do dinheiro, a máquina inconsciente,
O ventre fértil que produz, a preço vil,
A carne do prazer para os Dons Juans da terra
A carne do canhão para dar pasto à guerra
E a carne que o industrial devora em seu covil !
Ó mulher infeliz, luta, trabalha, morre !
Mas o sangue, o suor da fronte te escorre
Vai formando esse mar de fúria e indignação
Que há-de, enfim, subverter o negro Despotismo
E de onde há-de emergir, após o cataclismo,
Um mundo mais humano e sem falta do pão !
Raimundo Reis
(Publicado originalmente no jornal Terra Livre em Abril de 1910, sofrendo ligeiras modificações e sendo publicada outra vez no jornal A Plebe em 19/04/33.)
Foto: Operária em um Torno mecânico numa fábrica no Texas em 1940 http://pt.wikipedia.org/wiki/Proletariado
Antítese
Trazes n'alma o amargor de um remorso rebel
Quem és tu? Donde vens, ó jovem desgraçado?
-Eu sou milionário e venho do bordel !
Meu pai, rude burguês, juntou o capital,
regando os cafezais com o sangue dos escravos;
Eu, rico bacharel, em taças de cristal,
Bebo caro champanhe, entes vivas e bravos!
-E tu homem de ferro, altivo, musculoso,
Que alegria tão sã tua fronte ilumina?
Quem és tu? Donde vens ó homem vigoroso?
-Eu sou operário, e venho da oficina!
Meu pai, de sol a sol, na forja se abrasava
Era forte e viril, forte como um leão.
Tinha um sorriso bom e o ferro laminava.
Quando a morte o feriu, no grande coração.
Benjamim mota
(Poema de Benjamim Mota dedicado a Estevam Estrella, datado de 01/05/1898)
fonte da imagem: http://www.victorianweb.org/history/work/blacksmith.html
fonte da imagem: http://www.victorianweb.org/history/work/blacksmith.html
Cárceres
Cárcere, cadeia, prisão.
É das sociedades
Fundadas em desigualdades
Mas uma horrenda criação
Se fundamenta na hipocrisia...
De quem diz combater
De quem nos diz proteger
De males que são sua cria!
Legisladores, juízes, policiais
Aparato a serviço dos barões
E os pobres cada vez mais
A lotar as celas das prisões
Sobre os verdadeiros ladrões
É preciso fazer a crítica
Para vê-los nos ricos patrões
Para vê-los na política
Luiz Aurélio
A todo anarquista
A todo aquele que trava sua guerra
A quem não reconhece muros nem prisões
A quem não respeita correntes nem grilhões
Aos que não esperam que o tempo lhes dê razão
Aos que ousam derrubar a moral e a tradição
A todo aquele que abraça a deliqüência
A todo aquele que vive a inconseqüência
A todo anarquista
A todo aquele sem pátria nem bandeira
A todo aquele sem hino nem fronteira
Aos que se arriscam a peitar autoridade
Aos que se arriscam a dançar com a liberdade
Aos que não esperam que o tempo lhes dê razão
Aos que ousam derrubar a moral e a tradição
A todo aquele que abraça a deliqüência
A todo aquele que vive a inconseqüência
A todo anarquista
Letra e música: Flicts
http://www.youtube.com/watch?v=DZnNHfVn1BE
Salário
Ó que lance extraordinário:
aumentou o meu salário
e o custo de vida, vário,
muito acima do ordinário,
por milagre monetário
deu um salto planetário.
Não entendo o noticiário.
Sou um simples operário,
escravo de ponto e horário,
sou caxias voluntário
de rendimento precário,
nível de vida sumário,
para não dizer primário,
e cerzido vestuário.
Não sou nada perdulário,
muito menos salafrário,
é limpo meu prontuário,
jamais avancei no Erário,
não festejo aniversário
e em meu sufoco diário
de emudecido canário,
navegante solitário,
sob o peso tributário,
me falta vocabulário
para um triste comentário.
Mas que lance extraordinário:
com o aumento de salário,
aumentou o meu calvário!
Carlos Drummond de Andrade
Anarquista (?!)
Jovem agitador,
Contestador.
Que luta contra a injustiça,
Contra o poder.
Poder de poucos,
De certos indivíduos.
Mafiosos que se julgam Deus.
Fazem e desfazem,
Apenas para seu prazer.
Prazer obscuro,
Prazer oculto,
Onde a magia dominante,
É o dinheiro sujo.
Jovens se unem,
Contra a injustiça
Capitalista.
E os donos do mundo
Vem com uma armadilha
Já construída.
E com pureza forçada,
Alegam ser amigos.
Com uma frase formada:
-Este jovem é anarquista
Se este jovem não quer ser enganado,
Roubado,
Estuprado...
Dizem que tem afinidades políticas:
-Comunista,
Subversivo,
Rebelde,
Radical,
Excomungado,
Anarquista
Se lutar pela justiça,
Contra o abuso do poder comprado,
Este poder infame,
Retalhado de mentiras.
Se lutar pelos nossos direitos
É ser anarquista,
Então Mamãe,
Seu filho é um anarquista (?!)
Sidney Crivelari Ogalla
http://www.quemundodoido.com.br/2009/05/poesia-anarquista.html
Contestador.
Que luta contra a injustiça,
Contra o poder.
Poder de poucos,
De certos indivíduos.
Mafiosos que se julgam Deus.
Fazem e desfazem,
Apenas para seu prazer.
Prazer obscuro,
Prazer oculto,
Onde a magia dominante,
É o dinheiro sujo.
Jovens se unem,
Contra a injustiça
Capitalista.
E os donos do mundo
Vem com uma armadilha
Já construída.
E com pureza forçada,
Alegam ser amigos.
Com uma frase formada:
-Este jovem é anarquista
Se este jovem não quer ser enganado,
Roubado,
Estuprado...
Dizem que tem afinidades políticas:
-Comunista,
Subversivo,
Rebelde,
Radical,
Excomungado,
Anarquista
Se lutar pela justiça,
Contra o abuso do poder comprado,
Este poder infame,
Retalhado de mentiras.
Se lutar pelos nossos direitos
É ser anarquista,
Então Mamãe,
Seu filho é um anarquista (?!)
Sidney Crivelari Ogalla
http://www.quemundodoido.com.br/2009/05/poesia-anarquista.html
Partidos Políticos
Trouxe à baila
A agonia circense
Do leão tísico na cela
E do palhaço que finge riso
Atolado em dívidas e procelas.
Não fosse eu um abencerrage
Teria renegado o flagelo
E aceitado calado
O fino e tênue elo
De poder que nos oprime.
Se somos nós os produtores
Por que nos negam direitos
De usufruir dos sabores
Que aos ricos proporcionarmos?
Alguns apelam ao divino
Rendendo-lhe graças e orações
E a fome, a e peste extinguindo
Somos reféns do destino
Ou de nossa ignorância e ilusões?
Elege-se figuras corruptas
Que nos impõe mais labuta
Nós trabalhamos… eles ganham
Não trato minha pátria de puta
E não serão os energúmenos
Que me farão desistir sem luta.
A incompetência é notória
Tanto a deles quanto a nossa
Pois perpetuamos a história
Presos em nossa palhoça
Pagando ricos salários
A antigos operários
Que gozaram do(no) poder.
Como um Proteu pueril
Joguete nas mãos do sistema
Consegue fazer do país
Um irrisório cabungo
Só mesmo sendo o povo imbecil.
Então maldigo os partidos
E também o povo oprimido
Que destarte os elegeu.
Danton Medrado
http://www.dantonmedrado.com.br/site/118/partidos-politicos/
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