Trouxe à baila
A agonia circense
Do leão tísico na cela
E do palhaço que finge riso
Atolado em dívidas e procelas.
Não fosse eu um abencerrage
Teria renegado o flagelo
E aceitado calado
O fino e tênue elo
De poder que nos oprime.
Se somos nós os produtores
Por que nos negam direitos
De usufruir dos sabores
Que aos ricos proporcionarmos?
Alguns apelam ao divino
Rendendo-lhe graças e orações
E a fome, a e peste extinguindo
Somos reféns do destino
Ou de nossa ignorância e ilusões?
Elege-se figuras corruptas
Que nos impõe mais labuta
Nós trabalhamos… eles ganham
Não trato minha pátria de puta
E não serão os energúmenos
Que me farão desistir sem luta.
A incompetência é notória
Tanto a deles quanto a nossa
Pois perpetuamos a história
Presos em nossa palhoça
Pagando ricos salários
A antigos operários
Que gozaram do(no) poder.
Como um Proteu pueril
Joguete nas mãos do sistema
Consegue fazer do país
Um irrisório cabungo
Só mesmo sendo o povo imbecil.
Então maldigo os partidos
E também o povo oprimido
Que destarte os elegeu.
Danton Medrado
http://www.dantonmedrado.com.br/site/118/partidos-politicos/
Nenhum comentário:
Postar um comentário