Vós que tendes a vida torturada
Pelo jugo mordaz da burguesia;
Vós que horrores sofreis dia por dia
Dessa turba cruel, envenenada;
Vós que a razão sentis amordaçada
Pelo grito brutal da Tirania,
Tempo é já de abater a covardia
E da turba abafar a gargalhada!...
Levantai-vos do charco apodrecido!
Sejai firmes na Grande Trajetória,
Reivindicai o tempo já perdido!...
Avante, ó paladinos do Crisol,
Que além desvendará nossa vitória,
Através da brancura d'outro Sol!...
Antonio Rocha
01/09/1914
Conserve a ação
Conserve a ação
Contra a conservação
De tudo aquilo que te oprime
Conserve a ação
Contra a conservação
De tudo aquilo que te explora
Revolucione a ação
Supere a alienação
Pela vida, pelo amor, com ódio e paixão
Pois para tudo aquilo que te incomoda
Criando o novo a cada dia
Estás reinventando a roda
E tornando concreta a tua e nossa real utopia!
Rubens Vinícius
Eleições
Pessoas desorientadas,
manipuladas pelo sistema,
acham que votar no menos pior é a solução,
essa de protestar na urnas,
não tem salvação.
Voto obrigatório,
esse é o seu consorcio,
cadê a democracia que o governo tanto fala?
longe de mudança,
será que votando na urna tenho segurança?
Não sustente parasita,
quero apenas minha rima,
não acredito nessa farsa representativa.
514 anos de pura mentira,
nada mudou,nada progrediu,
os vermes de terno,
vão pra puta que pariu.
Suja a cidade inteira,
com merda de propaganda eleitoral,
passa as eleições,
esquece o que tinha prometido,
enganando o povo sem sentido.
Limparei a cidade,
destruindo com minha arte,
cavaletes vão virar protestos artísticos,
com tintas do anarquismo.
Cavaletes na minha direção,
alvo para a população,
chutarei esse lixo,
com toda indignação.
Voto nulo,
não quero representante,
quero auto-gestão,
quem governa é o povão.
Toda eleição é a mesma coisa,
falsas promessas,
eis que escuto,
depois que é eleito,
começa o desespero.
Lambes vou colar,
contra a farsa eleitoral,
autoridade me enquadra,
dizendo que proibido,
ser contra os políticos.
Partidos políticos,
já não me representam,
são todos pelegos,
manipulados pelo desejo.
Militantes de partido,
protestaram para ganhar voto,
não querem saber de revolução,
mas esquecem que o meu voto não ganha não.
Candidatos,
fazem o mesmo discurso,
de que tudo ira mudar,
chega na hora do vamos ver,
e nos manda prender.
O povo unido,
governa sem partido,
queremos auto-gestão,
basta de farsa eleição.
Não vote,
vote nulo,
não quero representante,
que é tudo corrupto.
Aqui é o povo unido,
fazendo rimas e poesias,
protestando nas ruas,
contra essa ditadura.
Tavares, Levi
manipuladas pelo sistema,
acham que votar no menos pior é a solução,
essa de protestar na urnas,
não tem salvação.
Voto obrigatório,
esse é o seu consorcio,
cadê a democracia que o governo tanto fala?
longe de mudança,
será que votando na urna tenho segurança?
Não sustente parasita,
quero apenas minha rima,
não acredito nessa farsa representativa.
514 anos de pura mentira,
nada mudou,nada progrediu,
os vermes de terno,
vão pra puta que pariu.
Suja a cidade inteira,
com merda de propaganda eleitoral,
passa as eleições,
esquece o que tinha prometido,
enganando o povo sem sentido.
Limparei a cidade,
destruindo com minha arte,
cavaletes vão virar protestos artísticos,
com tintas do anarquismo.
Cavaletes na minha direção,
alvo para a população,
chutarei esse lixo,
com toda indignação.
Voto nulo,
não quero representante,
quero auto-gestão,
quem governa é o povão.
Toda eleição é a mesma coisa,
falsas promessas,
eis que escuto,
depois que é eleito,
começa o desespero.
Lambes vou colar,
contra a farsa eleitoral,
autoridade me enquadra,
dizendo que proibido,
ser contra os políticos.
Partidos políticos,
já não me representam,
são todos pelegos,
manipulados pelo desejo.
Militantes de partido,
protestaram para ganhar voto,
não querem saber de revolução,
mas esquecem que o meu voto não ganha não.
Candidatos,
fazem o mesmo discurso,
de que tudo ira mudar,
chega na hora do vamos ver,
e nos manda prender.
O povo unido,
governa sem partido,
queremos auto-gestão,
basta de farsa eleição.
Não vote,
vote nulo,
não quero representante,
que é tudo corrupto.
Aqui é o povo unido,
fazendo rimas e poesias,
protestando nas ruas,
contra essa ditadura.
Tavares, Levi
Eu me governo
Não tenho partido
Não sou bom partido
Mas tomo partido de mim
Não sou cândido
Nem candidato
Sou dono do meu nariz
Sou minha nação
Sou todo coração
Não sou frio, nem sou febre
Não sou célebre
Tenho cérebro
Não troco mais gato por lebre
Não uso terno
Nem sou terno
Meus versos não são eternos
Vivo na desesperança
Tenho meu voto de confiança
Eu me governo.
Imagem: Pawel Kuczynski
Enfie o seu voto
Distinto mundo ignóbil
Governado pela minoria autoritária
E o gado humano é óbvio
Sustenta a burguesia parasitária
E esta imposição que é o Estado
Monstro que vive da exploração
Mantém o trabalhador calado
Em total miséria e na submissão.
E o pobre operário
Mesmo a contragosto
Vive dum mísero salário
Tendo ainda que pagar imposto.
Esse é o resultado
Das eleições que passaram
Os imbecís criaram o estado
E se auto-escravizaram.
Governado pela minoria autoritária
E o gado humano é óbvio
Sustenta a burguesia parasitária
E esta imposição que é o Estado
Monstro que vive da exploração
Mantém o trabalhador calado
Em total miséria e na submissão.
E o pobre operário
Mesmo a contragosto
Vive dum mísero salário
Tendo ainda que pagar imposto.
Esse é o resultado
Das eleições que passaram
Os imbecís criaram o estado
E se auto-escravizaram.
Danton Medrado
Nosso Jogo Vai Ser na Rua e a Luta Vai Rolar
Nessa Copa do Mundo no Brasil
Toda farra é feita pela FIFA
Onde o povo caído se espatifa
Na jogada perversa e pueril
Com seu pobre espírito mercantil
Abocanha o dinheiro do país
Deixa um mar de uma gente infeliz
Com moradas tombadas, demolidas
Triturando e marcando muitas vidas
Tem deixado o ricaço tão feliz.
Essa Copa ela muito tem servido
Pra esconder as mazelas sociais
Numa clara atitude de venais
O direito do povo é engolido
Num país em que povo tem sofrido
O Governo, a FIFA e empresários
Nesse trio de grandes ordinários
Seu legado da copa no Brasil
É a fome e a miséria que a mil
Tem seu time de craques salafrários.
O governo que é perna de pau
Que mergulha o país numa miséria
Diz: a Copa das Copas é coisa séria
Pilotando errada a nossa nau
Transformando o Brasil nesse mingau
Onde a fome é a seleção do mundo
E o troféu é erguido num segundo
Coroando o descaso governante
Dessa ação que é vil e degradante
Nesse jogo perverso e tão imundo.
Mas o campo do povo é a rua
Nesse jogo daremos goleada
A bandeira da luta levantada
Contra o roubo e toda falcatrua
Revelando a nação que vive nua
De saúde, de ensino e moradia
De não ter nem o pão de cada dia
E é por isso que a luta vai rolar
Terá gol e a massa vai ganhar
Do governo, da FIFA e a tirania.
Nando Poeta
Toda farra é feita pela FIFA
Onde o povo caído se espatifa
Na jogada perversa e pueril
Com seu pobre espírito mercantil
Abocanha o dinheiro do país
Deixa um mar de uma gente infeliz
Com moradas tombadas, demolidas
Triturando e marcando muitas vidas
Tem deixado o ricaço tão feliz.
Essa Copa ela muito tem servido
Pra esconder as mazelas sociais
Numa clara atitude de venais
O direito do povo é engolido
Num país em que povo tem sofrido
O Governo, a FIFA e empresários
Nesse trio de grandes ordinários
Seu legado da copa no Brasil
É a fome e a miséria que a mil
Tem seu time de craques salafrários.
O governo que é perna de pau
Que mergulha o país numa miséria
Diz: a Copa das Copas é coisa séria
Pilotando errada a nossa nau
Transformando o Brasil nesse mingau
Onde a fome é a seleção do mundo
E o troféu é erguido num segundo
Coroando o descaso governante
Dessa ação que é vil e degradante
Nesse jogo perverso e tão imundo.
Mas o campo do povo é a rua
Nesse jogo daremos goleada
A bandeira da luta levantada
Contra o roubo e toda falcatrua
Revelando a nação que vive nua
De saúde, de ensino e moradia
De não ter nem o pão de cada dia
E é por isso que a luta vai rolar
Terá gol e a massa vai ganhar
Do governo, da FIFA e a tirania.
Nando Poeta
Poema de um trabalhador sobre a sua interpretação de Vanguarda
Vocês disseram que me ajudaria,
Que eu não entendia,
A minha exploração.
Disseram que era preciso estudo,
Para obter a compreensão.
Por isso deveríamos seguir a sua revolução.
Entretanto, a realidade
Me mostrou a verdade.
Mudou somente o patrão,
O discurso foi em vão,
Manteve-se a reprodução
Da exploração.
Adriano José
Que eu não entendia,
A minha exploração.
Disseram que era preciso estudo,
Para obter a compreensão.
Por isso deveríamos seguir a sua revolução.
Entretanto, a realidade
Me mostrou a verdade.
Mudou somente o patrão,
O discurso foi em vão,
Manteve-se a reprodução
Da exploração.
Adriano José
No mundo há muitas armadilhas
No mundo há muitas armadilhas
e o que é armadilha pode ser refúgio
e o que é refúgio pode ser armadilha
Tua janela por exemplo
aberta para o céu
e uma estrela a te dizer que o homem é nada
ou a manhã espumando na praia
a bater antes de Cabral, antes de Tróia
(há quatro séculos Tomás Bequimão
tomou a cidade, criou uma milícia popular
e depois foi traído, preso, enforcado)
No mundo há muitas armadilhas
e muitas bocas a te dizer
que a vida é pouca
que a vida é louca
E por que não a Bomba? te perguntam.
Por que não a Bomba para acabar com tudo, já
que a vida é louca?
Contudo, olhas o teu filho, o bichinho
que não sabe
que afoito se entranha à vida e quer
a vida
e busca o sol, a bola, fascinado vê
o avião e indaga e indaga
A vida é pouca
a vida é louca
mas não há senão ela.
E não te mataste, essa é a verdade.
Estás preso à vida como numa jaula.
Estamos todos presos
nesta jaula que Gagárin foi o primeiro a ver
de fora e nos dizer: é azul.
E já o sabíamos, tanto
que não te mataste e não vais
te matar
e agüentarás até o fim.
O certo é que nesta jaula há os que têm
e os que não têm
há os que têm tanto que sozinhos poderiam
alimentar a cidade
e os que não têm nem para o almoço de hoje
A estrela mente
o mar sofisma. De fato,
o homem está preso à vida e precisa viver
o homem tem fome
e precisa comer
o homem tem filhos
e precisa criá-los
Há muitas armadilhas no mundo e é preciso quebrá-las.
Ferreira Gullar
e o que é refúgio pode ser armadilha
Tua janela por exemplo
aberta para o céu
e uma estrela a te dizer que o homem é nada
ou a manhã espumando na praia
a bater antes de Cabral, antes de Tróia
(há quatro séculos Tomás Bequimão
tomou a cidade, criou uma milícia popular
e depois foi traído, preso, enforcado)
No mundo há muitas armadilhas
e muitas bocas a te dizer
que a vida é pouca
que a vida é louca
E por que não a Bomba? te perguntam.
Por que não a Bomba para acabar com tudo, já
que a vida é louca?
Contudo, olhas o teu filho, o bichinho
que não sabe
que afoito se entranha à vida e quer
a vida
e busca o sol, a bola, fascinado vê
o avião e indaga e indaga
A vida é pouca
a vida é louca
mas não há senão ela.
E não te mataste, essa é a verdade.
Estás preso à vida como numa jaula.
Estamos todos presos
nesta jaula que Gagárin foi o primeiro a ver
de fora e nos dizer: é azul.
E já o sabíamos, tanto
que não te mataste e não vais
te matar
e agüentarás até o fim.
O certo é que nesta jaula há os que têm
e os que não têm
há os que têm tanto que sozinhos poderiam
alimentar a cidade
e os que não têm nem para o almoço de hoje
A estrela mente
o mar sofisma. De fato,
o homem está preso à vida e precisa viver
o homem tem fome
e precisa comer
o homem tem filhos
e precisa criá-los
Há muitas armadilhas no mundo e é preciso quebrá-las.
Ferreira Gullar
Trabalho calvário
Antes mesmo do sol raiar
Já acordados pra ralar
Quem a duras penas consegue viver
Que trabalha tanto e continua a sofrer
Para que outros possam enriquecer
E desfrutem do luxo e do prazer
Aqueles mesmos que você
Proporciona mas não pode ter
Diante disso podemos escolher
Ou simplesmente aceitar...
e emudecer...
Ou ousar pensar...
E lutar...
Para que as coisas diferentes possam ser
Aurélio
2 de novembro
Já acordados pra ralar
Quem a duras penas consegue viver
Que trabalha tanto e continua a sofrer
Para que outros possam enriquecer
E desfrutem do luxo e do prazer
Aqueles mesmos que você
Proporciona mas não pode ter
Diante disso podemos escolher
Ou simplesmente aceitar...
e emudecer...
Ou ousar pensar...
E lutar...
Para que as coisas diferentes possam ser
Aurélio
2 de novembro
2011
Da incapacidade de amor
A todos os amantes que insistem em ser felizes
Uma nuvem tênue que não alcança as pessoas reais.
De nada vale um amor destes para sermos felizes.
Também não basta o que oferecem as meretrizes.
Mas o problema verdadeiro não reside na alma individual,
É uma força muito mais ampla, é uma relação social.
Foi uma vez expressa naquela máxima hobbesiana.
Mas se o homem é o lobo do próprio homem,
Quem é o lobo do lobo do homem?
Se venceu a mentira darwinista da seleção natural,
Retornou o homem a ser novamente só animal?
Se venceu Freud e toda a sua fantasia do Édipo,
Deixou o homem de ser real, para ser mero arquétipo?
Pois, se se revigora da competição o capitalismo,
O amor torna-se para ele mais um fetiche de consumismo.
Sendo do homem o amor uma grande potencialidade,
Converte-se nos dias de hoje em bem da publicidade.
Ehhh!!! Só haverá nesta vida amor verdadeiro
Quando o homem decidir mudar o mundo inteiro.
Melhor dizendo, só haverá finalmente amor de verdade
Quando a classe operária construir uma nova sociedade.
Lucas Maia
Dia após dia
É forte muito forte
Mais forte que você possa imaginar
A nossa vontade de lutar
É livre, muito livre
O nosso desejo de amar
É triste, muito triste
O mundo do jeito que está
Que dia após dia está a se perder
Em vez de se encontrar
É revoltante muito revoltante
Saber que as pessoas aceitam
Ser manipuladas a todo instante.
Sonho de acordar em um novo dia
Onde eu possa viver em anarquia
É lindo, muito lindo
O seu sorriso, diante
Os destroços desse sistema falido.
(Gilcélio)
http://vomitossubversivos.wordpress.com/
Hino Primeiro de Maio
Vem, ó Maio, saudam-te os povos,
em ti colhem viril confiança;
Vem trazer-nos cerulea bonança,
Vem, ó Maio, trazer-nos dias novos!
Vibre o hino de esperanças aladas
ao grão verde que o futuro matura,
à campina aonde a messe futura
já flori sobre as negras queimadas!
Dezertai, ó falange de escravos,
da lavoura, da negra oficina;
um momento de tregua à fachina,
ó abelhas roubadas aos favos!
Lavantemos as mãos doloridas,
e formemos um feixe fecundo;
nós queremos reunir este mundo
dos senhores da terra e das vidas.
Sofrimentos, ideais, juventude,
primaveras de turbina arcano,
verde Maio do jenero humano,
daí corajem aos animos rudes!
Enflorai ao rebelde caido,
com os olhos fitando o nascente,
ao obreiro que luta fremente,
ao poeta, jentil, esvaido.
Jornal A Voz do Trabalhador - 1914
*optamos por manter a grafia original
em ti colhem viril confiança;
Vem trazer-nos cerulea bonança,
Vem, ó Maio, trazer-nos dias novos!
Vibre o hino de esperanças aladas
ao grão verde que o futuro matura,
à campina aonde a messe futura
já flori sobre as negras queimadas!
Dezertai, ó falange de escravos,
da lavoura, da negra oficina;
um momento de tregua à fachina,
ó abelhas roubadas aos favos!
Lavantemos as mãos doloridas,
e formemos um feixe fecundo;
nós queremos reunir este mundo
dos senhores da terra e das vidas.
Sofrimentos, ideais, juventude,
primaveras de turbina arcano,
verde Maio do jenero humano,
daí corajem aos animos rudes!
Enflorai ao rebelde caido,
com os olhos fitando o nascente,
ao obreiro que luta fremente,
ao poeta, jentil, esvaido.
Jornal A Voz do Trabalhador - 1914
*optamos por manter a grafia original
Arte e ciência
Artistas e pensadores?
Mercenários e traidores!
Se pondo à serviço do poder
Serviçais dos dominadores
Cúmplices e colaboradores
De tudo que traz o aniquilamento
da livre arte e pensamento
arte, ciência?
Engano, elitismo...
assim colocados
que pena.
Talvez o dia venha
Dias de um mundo novo
E recebam vida do povo...
Então a arte e a ciência
deixarão de ser um problema
Luiz Aurélio
Mercenários e traidores!
Se pondo à serviço do poder
Serviçais dos dominadores
Cúmplices e colaboradores
De tudo que traz o aniquilamento
da livre arte e pensamento
arte, ciência?
Engano, elitismo...
assim colocados
que pena.
Talvez o dia venha
Dias de um mundo novo
E recebam vida do povo...
Então a arte e a ciência
deixarão de ser um problema
Luiz Aurélio
Neno Vasco |
O velho burgo tomba enfim...
Oh! Quanto abutre cai e morre!
Oh! Quanto abutre em seu festim!
De face a ardear, que a chama cresta!
Ó párias nus, vindes dançar,
Dançar em roda, correr, cantar
Que esta fogueira é vossa festa!
A chama a crepitar!
Em círculo formai!
Dançai!
Dançai!
De archote aceso, o mundo iluminai!
Neno Vasco
Fora todos os opressores!
Porém não com delicadeza
Protestemos com rudeza
Por que rude é a riqueza
Que acumularam com
frieza
Os que roubaram com
destreza
Ser governado é dureza
O poder é corrupto por
natureza
Sua existência é pro
povo a tristeza
Da opressão, exploração
e pobreza
Da competição, desunião
e fraqueza
Do medo, incapacidade e
incerteza
Façamos então limpeza
Lutemos com firmeza
Fora Marconi com rudeza
Fora detentores da
riqueza
Fora bandidos da
grandeza!
A solução não é
surpresa...
O povo possui a chama
acesa
Pra destruir a vil
torpeza
Pra construir com
profundeza
A revolução, maior
proeza
Autogestão sua fortaleza
Aurélio
(distribuído durante um protesto em Goiânia do movimento Fora Marconi, ano de 2012)
(distribuído durante um protesto em Goiânia do movimento Fora Marconi, ano de 2012)
Da insuficiência dos livros
Já procurei em tudo quanto é lugar
Algo que talvez me aliviasse.
Busca vã. Resultou infrutífera.
Mudei de emprego, de cidade, de país...
Não pude, contudo, mudar de universo,
Nem muito menos, mudar o cotidiano da vida.
Tentei refúgio nos livros:
Li poesia, ficção, economia, história...
A resposta também não estava ali.
Conhecer o mundo não é mudar o mundo!!!
Elaborei toda uma interpretação
Da vida, do indivíduo, da sociedade...
Conheci Marx e Freud, Bakunin e Brecht,
Simone de Beauvoir e Sartre, Lima Barreto e Mayakovsk.
Ao lê-los, senti-me cada vez mais deslocado.
Percebi que há algo errado, vi os anelos da mudança.
A verdadeira felicidade, a verdadeira vida
Não se encontra nos textos, nos livros, nos autores.
Eles são somente a lâmpada que iluminam o pensar,
Que clarificam o caminho para luta derradeira.
O fim da minha angústia, da minha incompletude
Encontra-se única e exclusivamente em minha luta.
Luta que é minha, luta que é sua, luta que é nossa.
Mudar de universo é muito pouco. Temos mesmo é que mudar o conjunto da
vida.
Lucas Maia
Algo que talvez me aliviasse.
Busca vã. Resultou infrutífera.
Mudei de emprego, de cidade, de país...
Não pude, contudo, mudar de universo,
Nem muito menos, mudar o cotidiano da vida.
Tentei refúgio nos livros:
Li poesia, ficção, economia, história...
A resposta também não estava ali.
Conhecer o mundo não é mudar o mundo!!!
Elaborei toda uma interpretação
Da vida, do indivíduo, da sociedade...
Conheci Marx e Freud, Bakunin e Brecht,
Simone de Beauvoir e Sartre, Lima Barreto e Mayakovsk.
Ao lê-los, senti-me cada vez mais deslocado.
Percebi que há algo errado, vi os anelos da mudança.
A verdadeira felicidade, a verdadeira vida
Não se encontra nos textos, nos livros, nos autores.
Eles são somente a lâmpada que iluminam o pensar,
Que clarificam o caminho para luta derradeira.
O fim da minha angústia, da minha incompletude
Encontra-se única e exclusivamente em minha luta.
Luta que é minha, luta que é sua, luta que é nossa.
Mudar de universo é muito pouco. Temos mesmo é que mudar o conjunto da
vida.
Lucas Maia
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