O Sol da Nova Idéia
As imagens dos celicos devassos
Em negro pó desfeitas o ar semeiam;
Levadas para o vento revolteiam
As crenças divinas em estilhaços.
Os deuses já morreram nos espaços
Os altivos e os templos bamboleiam;
Os tronos d’ouro estalavam ou baqueiam
e fogem dos reis trêmulos dos paços.
Dos credos sem sentido as densas brumas
Se dissolvem na noite, quais espumas
Na areia da praia que reluz!
O mundo velho dorme em longa treva
Enquanto ao longe vejo que se eleva
O Sol da nova idéia a branca luz!
Teixeira Bastos
Publicado em “A Voz Operária”, Campinas, 05/10/1919
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