Muito embora magro, feio e desprezado
Segue firme, incompreendido e mal amado
Como um Judas ao esquecimento renegado.
Mendigando comida, abrigo e carinho
Revirando lixos em becos escuros, sozinho
Sobrevive a mais um dia tão mesquinho.
Quando dorme (se é que dorme) ele tem medo
É despertado a pontapés, e ainda parece cedo
Para esse imensurável, infame e vil degredo.
Levanta-se debaixo de palavrão e de esporro,
Sob aqueles andrajos um homem pede socorro,
Um homem, eu disse um homem e não cachorro!
Ricardo F. de Souza
Gostei do blog, principalmente ao ver esse poema do amigo Danton Medrado, que me foi dedicado a alguns anos atrás.
ResponderExcluirContinue divulgando trabalhos independentes.
Ricardo
Valeu pelo apoio Ricardo
ResponderExcluirabraço