Ao operário
Operário ignorante e maltrapilho,
escravo, ilota da moderna idade
que neste afã perdes a cor e o brilho
de olhar, fanado a flor da mocidade,
que vês de fome definhar teu filho
e de teu lar fugir a alacridade,
desperta finalmente e segue o trilho
da rebeldia e da felicidade!
Atenta na objeção em que caíste
a ardente voz dos teus irmãos escuta,
pensa na agrura de teu fado triste
e, sem achares forças que te domem,
quebra os grilhões, instrui-te e altivo luta
por seres livres - para seres “Homem”!
Sylvio Figueiredo
“A voz operária” Campinas, 13/01/1920
Imagem: Operário no garimpo de Serra Pelada foto de Sebastião Salgado
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